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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NA SOLENIDADE DE NOSSO PAI FRANCISCO DE ASSIS

Caros confrades, irmãos e irmãs que encontrei nas estradas da vida por causa de Cristo e de Seu servo Francisco de Assis,
Paz e Bem!

Na passagem dos 784 anos do trânsito de nosso irmão e pai Francisco de Assis, alegra-nos imensamente a força com que o seu testemunho de vida continua vivo na Igreja e no mundo! No início deste ano o papa Bento XVI, chamou Francisco de “ícone viva de Cristo” e lembrou que Dante Alighieri, grande poeta italiano, em sua obra A Divina Comédia, se refere ao nascimento do Poverello dizendo: “Nasceu para o mundo um sol”.

Em todos os âmbitos da sociedade, Francisco se faz presente convocando-nos para a
convivência fraterna e reconciliada, quando lembramos fatos de sua vida: o encontro com os ladrões, com os leprosos, com o lobo de Gubbio, com o sultão Melek-el-Kâmel, no Egito, num tempo de enfrentamento e intolerância entre cristãos e mulçumanos! Antes de sua morte buscou reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, enviando seus frades a proclamarem a força do perdão contida num dos versos de seu Cântico do Irmão Sol!

Sua vida e seu testemunho surgem atuais neste tempo em que vemos crescer o número de pobres, a xenofobia, o fundamentalismo religioso, a intolerância e o preconceito entre pessoas e grupos em muitas partes do mundo. Francisco continua sendo lembrado também como precursor dos que buscam proteger o meio ambiente e todas as formas de vida em nosso planeta. É celebrado como padroeiro da ecologia, por seu jeito fraterno de se relacionar e de chamar todas as criaturas de “irmãs” e “irmãos”, convidando-nos a reverenciar e amar todos os seres animados e inanimados por terem sidos criados pelo Altíssimo Deus!

Onde Francisco encontrou esta força espiritual, fraterna e moral que continua fascinando a todos nós? Talvez uma afirmação de seu primeiro biógrafo Tomás de Celano nos dê uma pista segura para encontrarmos a resposta: “Francisco era um homem transformado não só em orante mas na própria oração” (cf. 2 C 95). Ele fez uma experiência de Deus que transformou radicalmente sua vida, e essa experiência ele expressa de forma muito viva em seu testamento dizendo: “...o Altíssimo mesmo me revelou que eu deveria viver segundo a forma do santo Evangelho” (cf. Test 14).

Outro traço marcante da vida de Francisco que o faz tão conhecido e estimado é sua disposição para caminhar entre homens e mulheres anunciando a mensagem de conversão, de paz e de bem que constitui próprio o Evangelho: “Durante dezoito anos completos, seu corpo não tivera quase nenhum descanso, pois tinha andado por várias e extensas regiões, lançando por toda parte as sementes da palavra de Deus com aquele espírito decidido, devoto e fervente que nele residia. Tinha enchido a terra inteira com o Evangelho de Cristo: num só dia chegava a passar por quatro ou cinco povoados, ou mesmo cidades, anunciando a todos o Reino de Deus, e edificando os ouvintes tanto pela palavra como pelo exemplo, pois toda a sua pessoa era uma língua que pregava” (cf.1C 97).

É esta herança humana e espiritual que nos deixou Francisco de Assis que devemos traduzir apaixonadamente em gestos concretos em nossas fraternidades, em nossas famílias, em nossa presença e atuação na Igreja e na sociedade! E Francisco de Assis continuará sendo uma presença viva na história humana também através daqueles que se dizem e se deixam chamar de franciscanos!

Boas Festas de nosso seráfico pai Francisco!
“O Senhor lhes dê a Paz!”

Recife, 03 de outubro de 2010.


Frei Marconi Lins, ofm
Ministro Provincial

Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil

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