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domingo, 29 de setembro de 2013

PROCISSÃO DO PAINEL DE SÃO FRANCISCO: DEVOÇÃO E FÉ NUM RITUAL DE MAIS DE 120 ANOS

A concorrência é grande. Muita gente se aperta e procura sempre um jeitinho de chegar perto, de tocar ou de levar ao menos por alguns instantes o Painel de São Francisco. É assim que, toda noite, antes de iniciar a Novena, os romeiros iniciam o ritual de levar simbolicamente o Santo Seráfico de Assis. 

A procissão parte da Casa onde o Painel fica exposto durante todo o dia para visita dos fiéis, que em seguida será levado pelas ruas da cidade de Canindé em direção à Praça dos Romeiros. Os motivos dessa simpática caminhada são muitos, seja para cumprir uma promessa, agradecer, manter tradição desde muitos jovens, sempre é uma maneira de estar mais próximo do Santo das Chagas. 

Os que não se arriscam a enfrentar a multidão que se comprime em volta do Painel, percorrem com a fé e devoção a caminhada, acompanhando, contritos e piedosos, a procissão. Não faltam cantos, louvores e orações que animam e manifestam a confiança e a esperança no Santo dos pobres. Este já é um rito que, ano a ano, desde 1890 se repete durante a Festa de São Francisco das Chagas. 

Criado pelo padre Manoel Cordeiro da Cruz, o Painel de São Francisco tem hoje um significado fascinante e particular. Para muitos romeiros representa o próprio São Francisco, e não são poucos os querem ter a honra de levá-lo consigo um momento, de aproximar-se do Santo tão próximo deles, de manifestar seu carinho e afeto, e dizer que o carrega nos ombros, mas, desde muito tempo, já o têm em seus corações. 

Texto de Frei Marcos Carvalho, OFM, com adaptações. 


CURIOSIDADES SOBRE O PAINEL 

A armação da estrutura do Painel de São Francisco das Chagas é feita de madeira e foi confeccionada na Bahia, enquanto a estampa foi confeccionada na Itália. Possuía iluminação à base de lamparinas e velas que com o tempo e a modernidade deram lugar a uma iluminação de lâmpadas alimentadas por baterias. Depois de muitos anos fazendo parte das festividades e ficar um pouco danificado, ele foi restaurado em 1980 por Maria Vieira (in memorian) e Raimunda Dias. Já a estampa de São Francisco que está no Painel fora restaurada pelos artistas Lisboa (do Centro de Artes Plásticas de Canindé) e Manoel Messias (in memorian), também carinhosamente conhecido como Manoelzinho. 

Saiba mais… 

O Painel de São Francisco pesa aproximadamente 500 quilos e é necessário cerca de 18 pessoas para conduzi-lo até a Praça dos Romeiros. Durante a caminhada é feito um revezamento e cada cinco minutos um devoto pega no andor e, quando chega ao seu destino final mais de 50 pessoas tem participado da louvação e devoção ao painel. 


Fonte: Equipe de Comunicação do Site Santuário e Jornal O Santuário. 
Colaboração: Frei Marcos Carvalho, OFM. 
Fotos: Frei João Sannig, OFM.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FESTA DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS 2013 EM CANINDÉ-CE


Nesse dia 24 de setembro, a cidade de Canindé localizada a 120km de Fortaleza, está em clima festivo. Ainda pela madrugada milhares de devotos manifestaram alegria, fé e devoção para estar mais próximo do santo, nas caminhadas à pé das comunidades rurais e ainda de várias cidades vizinhas. 

A praça da Basílica ficou tomada pelos devotos em um sentimento de emoção e felicidade para acompanhar um dos momentos mais aguardado: o levantamento da Bandeira de São Francisco. Logo após, para experimentar a Palavra de Deus os devotos participaram da Missa celebrada por vários frades que vem para esse momento ajudar nos serviços em prol da evangelização. 


 Devotos saem em caminhada das cidades vizinhas para participar da abertura da Festa de São Francisco, com o levantamento das bandeira e Santa Missa na Praça da Basílica Durante os dias de Festa e Novena traremos mais novidade para você que está visitante o nosso site. 




Fonte: Equipe de Comunicação do Site. 
Colaboração de fotos: Antonio C. Alves

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

IMPRESSÃO DAS CHAGAS DE SÃO FRANCISCO


No dia 17 de setembro a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis. A introdução litúrgica da Missa e Liturgia das Horas diz o seguinte: 

“O Seráfico Pai Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou-se de uma maneira toda especial à devoção e veneração do Cristo crucificado, devoção que até a morte ele inculcava a todos por palavras e exemplo. Quando, em 1224, Francisco se abismava em profunda contemplação no Monte Alverne (foto abaixo), por um admirável e estupendo prodígio, o Senhor Jesus imprimiu-lhe no corpo as chagas de sua paixão. O Papa Bento XI concedeu à Ordem dos Frades Menores que todos os anos, neste dia, celebrasse, no grau de festa, a memória de tão memorável prodígio, comprovado pelos mais fidedignos testemunhos.” 

A vida de Francisco no Alverne é oração e ininterrupta penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo. Renuncia até mesmo a um manto que tinha sido salvo do fogo, a única coisa que tinha para cobrir-se durante o breve repouso da noite. Francisco voltará muitas vezes ao Alverne para encontrar a paz em Deus que a situação da Ordem e o fato de estar no meio dos homens não lhe davam e entregar-se de corpo e alma à oração. 

No verão de 1224, última vez que esteve no Alverne, Francisco procura um lugar ainda mais “solitário e secreto” no qual possa mais reservadamente fazer a quaresma de São Miguel Arcanjo. Na manhã de 14 de setembro de 1224 os céus se abrem e Cristo crucificado desce ao Monte Alverne na forma de uma serafim. 

A IMPRESSÃO DAS CHAGAS
Frei Atílio Abati 

Ao falar da paixão e morte do Senhor Jesus, por nos ter dado sua própria vida, São Francisco de Assis chegava às lágrimas. Daí sua exclamação de júbilo: “Que felicidade ter um tal irmão” (2CFi 56)! 

Em 1224, no Monte Alveme, Francisco recebe os estigmas da paixão do Senhor, provavelmente, no dia de São Miguel Arcanjo, 29 de setembro. 

A impressão das chagas, em seu corpo, não foi senão a coroação de toda uma vida. Desde o início de sua conversão, ele se deslumbrava ao contemplar o Cristo de São Damião, tão humano, tão despojado, tão pobre e crucificado. Por isso, este Cristo ocupa o lugar central de toda sua vida: “Não quero gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gal 6,14). 

Foi ante este Cristo, que compungido rezou: “Iluminai as trevas de meu espírito, concedei-me uma fé íntegra, uma esperança firme e um amor perfeito” (OrCr). E continua: “Nele está todo perdão, toda graça e toda glória, de todos os penitentes e justos” (RegNB 30). 

A cruz, fonte de vida 

Assim compreende-se porque na alma deste servo de Deus as chagas já estavam impressas desde o início de seu projeto de vida. 

Francisco teve a sensibilidade de descobrir a face do Cristo Sofredor nos conflitos sociais, nos leprosos e nos marginalizados. Vê no Cristo Crucificado o servo perfeito, que aceita viver, sofrer e morrer para nos salvar. Francisco passou por momentos de crise, mas não perdeu a chama da esperança e da confiança. Apesar das provações, sentiu-se cativado pelo Cristo. Ele sabia que o caminho para a glória passa pelo sofrimento. Sua opção de vida foi pelo caminho da renúncia, da doação e da cruz. Todavia, assumiu sua missão até as últimas conseqüências, porque o caminho da cruz é fonte de vida. 

Francisco captou o profundo sentido da cruz e, por isso, sentiu-se envolvido pelo amor do Mestre que salva, que liberta e que impulsiona para a Ressurreição. 

Francisco e o Cristo 

Francisco vivia fascinado pelo Cristo, que veio para realizar a vontade do Pai e se fez obediente até morte, e morte de cruz. Aqui está a explicação por que Francisco usava o Tau. Este lhe lembrava a cruz, sinal de salvação, símbolo da vitória sobre o mal. Mais, a cruz torna-se símbolo e sinal da bondade e da misericórdia divinas. 

Francisco ora ao Pai, pedindo provar no seu corpo as dores do Senhor Jesus e sentir tão grande amor pelo Crucificado como Ele sentiu por nós. As chagas em seu corpo não são senão a aprovação divina e a resposta ao seu ardente desejo de sentir em sua carne os sofrimentos do Crucificado. E de fato aconteceu. Francisco, assim, é açoitado cruelmente pelo sofrimento. 

A recompensa do Pai 

No Cristo crucificado, Francisco encontra toda vitalidade que lhe abrasava o coração, a ponto de transformar- se no Cristo estigmatizado. O Cristo pobre e sofredor, estava em seu projeto de vida. Seria Ele como uma auto-estrada a conduzi-lo, mais e mais, a uma profunda união com Deus, a ponto de, exteriormente, pelas cinco chagas, gravadas em seu corpo, assemelhar-se ao Cristo crucificado. 

Sabemos, outrossim, que na alma deste santo, as chagas do Senhor já estavam impressas. E como Cristo foi recompensado pelo Pai, ressuscitando-o e vencendo a morte, Francisco, no Monte Alverne, também recompensado por Deus, em seu corpo, pela impressão dos estigmas de seu Filho Jesus Cristo. Isto é fruto de sua vida de fidelidade e de seguimento irrestrito ao Senhor. 

Esta transformação interior e exterior, identlficando-se ao Cristo, fazia-o exclamar: “Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fil 1,21). 

Fazer a vontade de Pai 

Em todas as situações, consoladoras ou dolorosas, Francisco procurava fazer a vontade do Pai: “Concede-nos que façamos aquilo que sabemos ser de tua vontade e queiramos aquilo que te agrada. E assim purificados e, interiormente abrasados pelo fogo do Espírito Santo, sermos capazes de seguir os passos de teu Filho Jesus Cristo e chegar a ti, ó Altíssimo” (COrd 50-52). 

Gostaríamos de lembrar que, desde a Porciúncula, igrejinha de Nossa Senhora dos Anjos, berço da Ordem Franciscana, local de início de sua conversão concluída no Monte Alverne, Francisco fez uma caminhada lenta e progressiva, até sua total configuração com o Crucificado. 

Para reflexão 

01. Como justificar os estigmas de Francisco? 
02. Os sofrimentos ligam-nos aos sofrimentos, à Cruz do Cristo. Como então aceitar a nossa cruz e os nossos sofrimentos? 
03. Diante do Cristo crucificado, Francisco chegava às lágrimas. Que mensagem o Cristo da Cruz lhe deLva? 

Texto para meditação (CFI5) 

“E agora, anuncio-vos uma grande alegria e um milagre extraordinário. Não se ouviu no mundo falar de tal portento, exceto quanto ao Filho de Deus, que é o Cristo Senhor. Algum tempo antes de sua morte, nosso irmão e pai apareceu crucificado, trazendo gravadas em seu corpo as cinco chagas, que são verdadeiramente os estigmas de Cristo. Suas mãos e seus pés estavam traspassa- dos, apresentando uma ferida como de prego, em ambos os lados, e havia cicatrizes da cor escura dos pregos. O seu lado parecia traspassado por uma lança e muitas vezes saíam gotas de sangue”. 

Do livro, “Francisco, um Encanto de Vida”, de Frei Atílio Abati, ofm, editora Vozes, 2002.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

PARA CELEBRAR E COMPROMETER NOSSA VIDA E MISSÃO COM A FLORESTA AMAZÔNICA


Recife, 5 de setembro de 2013. 


Caros confrades, 
“O Senhor lhes dê a Paz!” 

Hoje dia 5 de setembro celebramos o Dia da Amazônia. A data foi instituída em dezembro de 2007 e tem como finalidade promover ações em defesa da Amazônia, uma vez que esta floresta é considerada a maior reserva natural da Terra, fundamental para o equilíbrio ambiental de nosso planeta. 

RIQUEZA/BELEZA NATURAL • Área de 7,01 milhões de Km2, situada em 8 países, 43% do território da América do Sul. • O Rio Amazonas e outras fontes contêm imensa disponibilidade de água doce. • Abarca gigantescas reservas de selva, minerais e de todas as espécies de fauna e flora. • Amazônia é um dos maiores, diversos, complexos e ricos biomas do mundo. 

RIQUEZA HUMANA E RELIGIOSA • Vivem 40 milhões de habitantes; 3 milhões são indígenas de 400 povos diferentes. • Milhares de comunidades ribeirinhas e urbanas, mestiças, afrodescendentes, de imigrantes. • Grande diversidade religiosa, cultural, social, étnica, com presença ativa da Igreja católica e numerosas igrejas pentecostais. 

PRESENÇA FRANCISCANA • Os franciscanos estão na Amazônia desde o século XVI, sem interrupção, mas sempre poucos e não articulados. • Os Frades OFM: 7 Vicariatos confiados a 3Províncias, 1 Custodia toda inserida, 1 Fraternidade interprovincial, 3 bispos em Prelaturas e algumas Fraternidades de várias Províncias. • Há presenças de Frades OFMCap, de várias Congregações franciscanas femininas e de Fraternidades OFS. 

NOVOS DESAFIOS E NOVA SENSIBILIDADE • Megaprojetos de exploração das riquezas, que contaminam a água e destroem o ambiente. • Impacto destrutivo sobre as populações, ameaçadas e forçadas a emigrar, a “vender” sua dignidade. • Mudanças radicais nas culturas, na Religiosidade, nos valores interpelam a evangelização. 

POR QUE RENOVAR NOSSA PRESENÇA FRANCISCANA? • Ha um clamor por parte da Igreja, dos povos amazônicos, da natureza • Nossa missão nesse contexto pode ajudar a resgatar valores de nossas origens: vivência do Evangelho em interação em a vida, visão da sacralidade da criação, relações de fraternidade, minoridade e reciprocidade, proximidade aos pobres, austeridade, itinerância. • Nossa contribuição: anunciar o Evangelho com sua força humanizadora; comunhão com a Igreja local; evangelização em conexão com a promoção humana e ecológica; valorização da diversidade cultural e da religiosidade popular. 

PROJETO INTEGRAL DE PRESENÇA FRANCISCANA • Formação da nova Fraternidade em Requena, Peru, desde 2011, assumindo os valores fundamentais do carisma em diálogo com o contexto. • Sensibilização sobre a necessidade de pessoal para a missão nos Vicariatos. • Missão com a força humanizadora do Evangelho, a salvaguarda da criação, a defesa e promoção dos povos nativos, dos pobres e suas culturas. • Inserção no contexto concreto, na Igreja local, em uma Entidade OFM, com itinerância e mobilidade. • Os Irmãos se preparem com formação experiencial nas presenças existentes e depois teórica, acompanhados pelo Conselho Diretivo da UCLAF. • O Definitório geral acompanha todo o Projeto junto com a Secretaria geral para as Missões e a Evangelização, o Escritório de Justiça, Paz e Integridade da Criação e com a UCLAF. • A Fraternidade, a partir de dentro, ajudará a criar a rede de solidariedade, as diferentes formas de colaboração interprovincial e com a família franciscana, e a articulação entre as presenças existentes. •O Projeto está aberto à participação de Frades e Entidades de toda a Ordem, da Família Franciscana e de pessoas e grupos afins. 

Com estas informações, solicitamos aos confrades que, nas paróquias e comunidades cristãs onde vivem sua missão, informem ao povo de Deus sobre a presença de nossa Ordem na região amazônica. O Capítulo Geral da Ordem de 2009 tomou a seguinte decisão: “No VIII centenário da fundação de nossa Ordem, o Capítulo geral escolhe, como sinal de profecia evangélica, empenhar-se num projeto integral na Amazônia (Decisão 24). Nossa Província está presente na Amazônia através da Fraternidade entre os Índios Tiriyó, no norte do Pará, fronteira com o Suriname, e na Casa de Apoio à Missão, em Belém. 

Como gesto concreto de nosso apoio e solidariedade ao Projeto Amazônia OFM, solicitamos que seja feita uma coleta em nome da CONFERENCIA DOS MINISTROS PROVINCIAS DO BRASIL (CFMB) no próximo domingo, dia 8 de setembro, para esta importantíssima presença fraterna e missionária da ORDEM DOS FRADES MENORES. 

Um abraço fraterno de Paz e Bem! 
Em Cristo e Francisco,

Frei Marconi Lins, OFM
Ministro Provincial

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

PAPA RENOVA PEDIDO DE ORAÇÃO E JEJUM PELA SÍRIA


Na Audiência desta quarta-feira, na Praça São Pedro completamente lotada, o Papa Francisco recordou que sábado próximo será dedicado ao jejum e à oração pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro. 

“Renovo o convite a toda a Igreja e viver intensamente este dia e, desde já, expresso reconhecimento aos outros irmãos cristãos, irmãos de outras religiões e aos homens e mulheres de boa vontade que quiserem se unir a este momento. Exorto em especial os fiéis romanos e os peregrinos a participarem da vigília de oração, aqui na Praça S. Pedro, às 19 horas, para invocar do Senhor o grande dom da paz. Que se eleve forte em toda a terra o grito da paz!” 

Pelo mundo, aumentam de hora em hora as adesões ao dia de oração e jejum pela Síria, convocado pelo Papa Francisco para o próximo sábado. Inúmeras organizações e expoentes religiosos manifestam publicamente a sua participação. 

Congregações como o Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), a obra Dom Orione e os salesianos, movimentos como a Renovação no Espírito, Pax Christi e Focolares já divulgaram comunicados aderindo à iniciativa. 

A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa fez o mesmo, fazendo votos de que “cada ordinário na sua diocese, eparquia ou exarcado, cada pároco em sua paróquia e com os seus paroquianos, cada superior/a de Instituto religioso, possa organizar o dia como mais lhe convém, na esperança de que “o eco das orações que saem de nossos lábios possa cobrir o barulho dos tambores da guerra”. 

O Arcebispo metropolitano sírio-ortodoxo de “Jazirah e Eufrates”, Eustathius Matta Roham, afirmou que ele e toda a sua comunidade “aderem com convicção ao apelo do Papa”. Para afastar males como a guerra e a violência, o Arcebispo recorda o trecho do Evangelho de Mateus (Mt 17,21): “Esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. 

Nas Filipinas, o Card. Luis Antonio Tagle convidou todos os párocos e os reitores de santuários da Arquidiocese de Manila a celebrarem a missa da manhã de sábado, 7 de setembro, com a intenção especial pelo povo sírio, encorajando os fiéis a uma hora de Adoração eucarística depois da missa. Em todas as dioceses, estão sendo organizados encontros de oração e jejum pela paz. 

Em Assis, cidade que receberá o Papa em outubro, a Basílica Inferior de São Francisco de terça a sexta feira permanecerá aberta até as 22h para permitir que os fiéis rezem sobre o túmulo do Santo pela paz na Síria. Além disso, no sábado, os frades realizarão uma vigília de oração em Santa Maria dos Anjos em comunhão com o Papa Francisco. 

O Grão Mufti da Síria, Ahmad Badreddin Hassou, líder espiritual do islamismo sunita, acolheu o apelo do Papa Francisco e estará rezando e jejuando pela paz, na Praça São Pedro, se possível, ou na grande mesquita dos Omayyadi, em Damasco. O Mufti enviou, por meio da Nunciatura Apostólica em Damasco, uma carta oficial ao Papa Francisco, onde diz preparar-se para participar do dia especial em favor da paz na Síria, em 7 de setembro, ao mesmo tempo que propõe à Santa Sé a organização de um encontro interreligioso. “Louvando a iniciativa de rezar pela paz na Síria, o Mufti define o apelo do Papa Francisco “filho das leis celestes” – como “bom e pelo bem da humanidade”. 

“Sua Santidade – diz o texto entregue à Agência Fides – agradecemos por este apelo de grande humanidade, baseado na fé, para jejuar e rezar ao Deus Onipotente, para que Ele possa trazer a paz à Terra e nos proteger do poder do mal e da opressão”. 

Palavras do Papa que, segundo o Mufti, estão em contraste “com todos aqueles que escondem a luz resplandecente da fé, da caridade, da misericórdia e da paz, que ele pede e que todos nós pedimos, como pediram os Profetas e os mensageiros de Deus”. 

Mostrando “profunda gratidão pela sua atenção espiritual”, o Mufti exprime o desejo de “estar ao lado do Papa no instante em que a oração será elevada ao Deus Altíssimo” e enfatiza: “estaremos de qualquer modo juntos, no 7 de setembro, para elevarmos a nossa súplica a Deus”. E propõe à Santa Sé que organize “um encontro inter-religioso com os líderes espirituais, em Damasco ou no Vaticano: “quem sabe assim conseguiremos parar o fogo de quantos querem destruir a Terra de Abraão, de Moisés, de Jesus, de Maomé”. 

“Permaneçamos lado a lado – prossegue a carta – na difusão da paz e da segurança para todos os povos do mundo, para contrapor os extremistas e as divisões baseadas na confissão religiosa ou de etnia. Continuemos a nossa viagem nas pegadas dos Profetas, dos Santos, dos justos e dos homens de boa vontade”. 

O cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz estará na Praça São Pedro, com os 40 membros da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, participando da Vigília pela paz no Dia de Oração e jejum, convocado pelo Papa Francisco, no próximo sábado, 7 de setembro. 

“Meu desejo é de falar um pouco deste apelo dramático e cheio de confiança que o Santo Padre, Papa Francisco, fez no domingo para que realizemos na Praça de São Pedro a Vigília de Oração e de Jejum pela paz no mundo, neste momento em que novamente parece que alguns acreditam que a guerra e o confronto armado sejam a maneira de estabilizar a paz no mundo”. 

“O Papa nos alerta que esta é uma estrada equivocada e sem saída, e que a saída é a construção da paz, do diálogo, da capacidade de aproximação das pessoas; da paciência histórica de continuar procurando entender as razões do outro e defender os valores que são os grandes valores da humanidade, como a paz, a justiça, o perdão e a capacidade de diálogo”. 

A Secretaria de Estado do Vaticano convidou os embaixadores junto à Santa Sé para um encontro quinta-feira de manhã, de modo que possa informar ao corpo diplomático o significado da iniciativa e contatou também todas as Conferências Episcopais do mundo com a mesma finalidade. Já os dicastérios vaticanos se mobilizaram contatando os referentes de outras Igrejas e confissões religiosas. 

O programa para sábado ainda está sendo definido. A Praça S. Pedro estará aberta a todos, a partir das 16h30, hora local, sem necessidade de bilhete. A chegada do Papa está prevista para as 19h. Haverá a entronização da imagem mariana do “Salus populi romani”, a reza do terço e uma meditação do Pontífice com um renovado apelo pela paz. A conclusão está prevista para as 23h. 

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