A lógica do ter está muito presente em nosso dia a dia: diante da televisão, ouvindo o rádio, lendo o jornal ou caminhando em nossa cidade, nossos olhos e ouvidos se deparam com a propaganda que nos convida a ter, a comprar, a adquirir algo que nem sempre estamos precisando.
Certamente que temos que comprar o essencial para viver: comida, roupa, e as coisas necessárias para as atividades diárias. Também temos que ter um lugar para morar e conviver com a família e onde descansar. Mas fora isso, precisamos disciplinar nossos ouvidos, nossos olhos para que nossos desejos não sejam desenfreados e ávidos por desejar tudo o que vemos em nossa frente.
Se quisermos que nosso planeta continue existindo e sendo nossa casa comum, temos que mudar nossa lógica de pensar, sentir e agir. Hoje falamos em busca de alternativas para encontrarmos um modo de viver mais harmonioso entre nós e com a natureza na qual vivemos e da qual dependemos. Basta acompanhar o número de veículos novos que entram em circulação em todo o mundo, com as facilidades de aquisição e a mentalidade individualista que vai sendo gerada, para perceber que o planeta se ressente pela poluição e a qualidade de locomoção das pessoas nas grandes e médias cidades é sempre mais precária!
Será preciso rever o modo de locomoção voltado para o comunitário e não para o individual. Estamos certamente numa encruzilhada que exige a lógica de São Francisco, a lógica do dom, que nos é proposta pelo Evangelho de Jesus Cristo.
Se a vida é um dom, se cada pessoa é um dom de Deus, se a criação é dom do Altíssimo e Bom Senhor para todos nós, temos que viver nessa lógica. É o que é mesmo a lógica do dom? Significa que tudo pertence a Deus, tudo o que é bom tem Nele origem e para Ele se destina! Tudo é dom, é presente que nos foi dado! Temos de cuidar da vida em todas as suas manifestações: da nossa vida, da vida do próximo, da natureza...
Nesta lógica, é possível aos governantes pensar em meios de transporte bons, eficientes e confortáveis para o maior número de pessoas possível. Nesta lógica os carros particulares seriam menos numerosos e fabricados para as necessidades e não como artigo de luxo e de consumo. Mas nesta lógica nossa vida pessoal também muda radicalmente: se tudo é dom de Deus para todos, temos que viver uma vida sempre mais comunitária e menos individual. Hoje tudo é individualizado, pondo em risco a convivência, o estar juntos. As famílias que tem economicamente um pouco mais, possuem dois ou mais aparelhos de TV. Assim cada um vive para si, ninguém que ser incomodado ou incomodar o outro, mas perde-se o essencial: aprender a viver juntos, a dar vez ao outro, a ser feliz fazendo o outro feliz.
Este é o grande desafio da humanidade e de cada um de nós! Ou vivemos na lógica do dom ou morreremos todos na lógica do ter, do consumir e gastar sempre mais! Ainda há tempo para reverter esse quadro ameaçador e construir, começando dentro de cada um de nós, o espaço amplo para a vida.
Certamente que temos que comprar o essencial para viver: comida, roupa, e as coisas necessárias para as atividades diárias. Também temos que ter um lugar para morar e conviver com a família e onde descansar. Mas fora isso, precisamos disciplinar nossos ouvidos, nossos olhos para que nossos desejos não sejam desenfreados e ávidos por desejar tudo o que vemos em nossa frente.
Se quisermos que nosso planeta continue existindo e sendo nossa casa comum, temos que mudar nossa lógica de pensar, sentir e agir. Hoje falamos em busca de alternativas para encontrarmos um modo de viver mais harmonioso entre nós e com a natureza na qual vivemos e da qual dependemos. Basta acompanhar o número de veículos novos que entram em circulação em todo o mundo, com as facilidades de aquisição e a mentalidade individualista que vai sendo gerada, para perceber que o planeta se ressente pela poluição e a qualidade de locomoção das pessoas nas grandes e médias cidades é sempre mais precária!
Será preciso rever o modo de locomoção voltado para o comunitário e não para o individual. Estamos certamente numa encruzilhada que exige a lógica de São Francisco, a lógica do dom, que nos é proposta pelo Evangelho de Jesus Cristo.
Se a vida é um dom, se cada pessoa é um dom de Deus, se a criação é dom do Altíssimo e Bom Senhor para todos nós, temos que viver nessa lógica. É o que é mesmo a lógica do dom? Significa que tudo pertence a Deus, tudo o que é bom tem Nele origem e para Ele se destina! Tudo é dom, é presente que nos foi dado! Temos de cuidar da vida em todas as suas manifestações: da nossa vida, da vida do próximo, da natureza...
Nesta lógica, é possível aos governantes pensar em meios de transporte bons, eficientes e confortáveis para o maior número de pessoas possível. Nesta lógica os carros particulares seriam menos numerosos e fabricados para as necessidades e não como artigo de luxo e de consumo. Mas nesta lógica nossa vida pessoal também muda radicalmente: se tudo é dom de Deus para todos, temos que viver uma vida sempre mais comunitária e menos individual. Hoje tudo é individualizado, pondo em risco a convivência, o estar juntos. As famílias que tem economicamente um pouco mais, possuem dois ou mais aparelhos de TV. Assim cada um vive para si, ninguém que ser incomodado ou incomodar o outro, mas perde-se o essencial: aprender a viver juntos, a dar vez ao outro, a ser feliz fazendo o outro feliz.
Este é o grande desafio da humanidade e de cada um de nós! Ou vivemos na lógica do dom ou morreremos todos na lógica do ter, do consumir e gastar sempre mais! Ainda há tempo para reverter esse quadro ameaçador e construir, começando dentro de cada um de nós, o espaço amplo para a vida.
Frei Marconi Lins, OFM
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