PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL
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Aos Confrades, na passagem do Natal do Senhor de 2012.
Caros confrades,
“O Senhor lhes dê a Paz!”
Ao celebrarmos o Natal do Senhor, “a festa das festas” (cf. 2 C 199) para nosso irmão e pai Francisco de Assis, queremos viver em nossas fraternidades o sentido profundo do mistério da Encarnação do Filho do Altíssimo em nossa história. E ao contemplarmos na fé esse mistério, vem-nos à mente a afirmação do apóstolo João em sua primeira carta: “Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus mas foi Ele que nos amou e nos enviou o Seu Filho [...]” (Jo 1,10).
A Encarnação do Filho de Deus em nossa história é, então, a grande declaração do amor do Pai por toda a humanidade e que encontra a sua plenitude no mistério pascal de Jesus. Esta é a razão pela qual Tomás de Celano escreve que São Francisco “gostava tanto de lembrar a humildade da Encarnação e o amor da Paixão do Senhor, que nem queria pensar em outras coisas” (cf. 1 C 84).
Neste Natal meditemos sobre a “humildade da Encarnação” para podermos encontrar o sentido verdadeiro de nossa condição humana: somos pequenos e insignificantes dentro do mistério da vida e da imensidão do universo! A grandeza da humanidade reside justamento no reconhecimento de nossa pequenez e na certeza do amor infinito que recebemos do Pai em Seu Filho, que se fez um de nós!
As dificuldades na convivência humana, as injustiças, as guerras e a destruição da natureza têm sua raiz justamente em nossa prepotência! Perdemos o ponto de referência e equilíbrio que nos une a todas as realidades que nos cercam e das quais dependem o sentido de nossa vida, missão e felicidade neste planeta! A prepotência que invadiu nosso coração nos desumaniza! O Natal é uma nova oportunidade que nos é oferecida por Aquele que veio ao nosso encontro assumindo a nossa condição humana! Somos “húmus” que recebeu o sopro amoroso de Deus e o calor de Sua Palavra Eterna que veio morar entre nós!
Caríssimos irmãos, neste Natal, diante do mistério da Encarnação do Senhor, façamos a mesma pergunta que fazia nosso pai Francisco: “Quem és tu, ó dulcíssimo Deus? E quem sou eu...? Quem és tu, Senhor de infinita bondade e sapiência, que te dignas visitar-me a mim que sou um verme vil e abominável?” (cf.Csd 3ª)
Jesus assumiu nossa pequenez e nossa insignificância justamente para mostrar que aí reside nossa grandeza e dignidade de filhos de Deus! É esta a grande verdade que nos é proclamada no dia de Natal: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).
Um feliz e santo Natal! E que em 2013, motivados pelo amor de Deus, demos o melhor de nós para construirmos um mundo melhor!
Frei Marconi Lins, OFM
Ministro Provincial
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